sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

MOÇÃO Nº 7401/2008

MOÇÃO Nº 7401/2008
EMENTA:
DE CONGRATULAÇÕES E APLAUSOS A THAIS DE SÁ FRAVOLINE
Autor(es): Deputado COMTE BITTENCOURT
Proponho à Mesa Diretora, na forma regimental, MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES E APLAUSOS, a THAIS DE SÁ FRAVOLINE pela brilhante participação na Olímpíada da Lingua Portuguesa "Escrevendo o Futuro", sendo premiada na Categoria Memória. Tal premiação demonstra a todos os fluminenses sua capacidade de superação e potencialidade, revelando que a Escola Pública é capaz de preparar competidores em condições de vencer como a nossa homenageada, que é aluna do 8º ano do Colégio Estadual Ary Parreiras, em Laje do Muriaé.
Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 09 de Dezembro de 2008.Deputado COMTE BITTENCOURTPresidente da Comissão Permanente de Educação da ALERJ

Conexão Professor



Olimpíada nacional de português premia aluna estadual

Thaís de Sá Fravoline, de 14 anos, foi a única representante do estado do Rio de Janeiro entre os 15 vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo para o Futuro. Aluna da 7ª série do Colégio Estadual Ary Parreiras, de Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense, Thaís recebeu a premiação diretamente das mãos do presidente Lula.
O segredo do texto, que conta a história de Laje do Muriaé em forma de prosa, é a paixão de Thaís por livros. Leitora fiel de pelo menos oito livros por mês, a jovem acredita ser esse o porquê de seu destaque nas redações de aula. Inscrita na categoria Memórias, a redação da lajense passou por quatro etapas de classificação e concorreu com outros seis milhões de estudantes.
Fonte: Da Redação.

DESTAQUE

Destaques
Escrevendo o FuturoOs estudantes concorreram com outros seis milhões vindos da rede pública. O evento aconteceu no dia 1º d edezembro com a presença do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o do Ministro da Educação, Fernando Haddad.Lula ressaltou que o resultado da Olimpíada demonstra que ninguém se movimenta sem motivação. "O que se viu hoje aqui é que o povo brasileiro precisa de provocação. A oportunidade foi dada e que colhemos textos maravilhosos." Em seu discurso, o ministro destacou os ganhos do programa. "O Brasil não revela apenas 15 vencedores", afirma Haddad. "Lucra o País inteiro por um trabalho de aproximação com a língua materna, que é nosso maior patrimônio."

CGEducação

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Artigos
2008-12-02
Memórias de quem não esteve lá
Por Thaís de Sá Fravoline *
Ricardo Stuckert
Thaís de Sá Fravoline
Laje do Muriaé. Este é o nome da minha cidade, uma pequena e pacata cidade do interior, comum, com pessoas comuns e histórias bem bizarras, eu diria.
Laje... Ponto de encontro nos finais de semana seja onde for: no Obelisco, na ponte, brincar de pique-esconde, sem ter que se preocupar.
Laje... Que guarda segredos dos casais apaixonados, segredos do escurinho do cinema, segredos que nem mesmo as fofoqueiras seriam capazes de revelar.
Horários rígidos para chegar em casa, obediência e devoção, essa era uma relação que hoje em dia não existe não.
E quando se uniam para contar aquelas histórias? Quem não sabe do Velho Diabo, Bastos Seco? Foi jogado no rio, o velho boiou; tocaram fogo, o velho ressuscitou... O jeito foi enterrá-lo na igreja, nem o diabo pôde com tanta esperteza.
A cachoeira, se falasse, diria: “Que saudade de quando os lajenses vinham pra cá!”. Eram dias gostosos, menos o domingo, que era dia de na casa da vovó almoçar.
Ainda sinto pena do escravo que foi arrastado pelo seu senhor, a quem ousou desonrar. “Morro do Arrastado, uma cruz nesse lugar hoje está. Velho coitado, sua rebeldia teve que pagar...”
Falando em rebeldia, chegamos a uma conclusão: não se fazem mais jovens como antigamente, não. Eles eram o que ouviam, tinham um não, sem antes perguntar o porquê, sem antes ter explicação.
As visitas à Torre não podiam faltar. Lá eles brincavam, mas hoje em dia é propriedade particular.
Carnavais de belas fantasias, becos e bastante folia vinham o povo animar. Já a Ciranda Esperança, com belas canções na madrugada, vinha o povo acordar.
Políticos menos espertos, menos corruptos talvez, mas o mensalão naquela época, pelo menos, não tinha vez.
E a cervejaria da cidade? Não me lembro, não sei, só que pelas histórias que me contam a rebeldia lá teve sua vez. Com a “noite da garrafada” quebraram todo o lugar, mais um ato de quem queria por seus direitos lutar.
Lugar de bêbados e mendigos amigos, bem-vindos eu sei, a velha Colombina se embelezava sempre mais uma vez. Humildade até para pedir esmolas: “Me da uma pratinha pra linha comprar? Tenho muitas roupas pra costurar”.
Enchentes... Até que era divertido, as pessoas aproveitavam a piscina natural para se banhar, os churrascos nessa ocasião não podiam faltar.
Independentemente de classe ou cor, os jovens tinham uma cultura a honrar, pois a escola de música, eles iam freqüentar, não por obrigação, mas por uma vontade que vinha do coração.
O prefeito “pé-de-chinelo” mostrou que na prefeitura tinha o seu lugar, mostrou ao povo sua humildade, humildade de quem soube governar.
Fica até bem difícil com os dias de hoje comparar, as coisas se perdem quando os anos nas costas vêm pesar.
A nostalgia minha mãe sente quando as histórias vem me contar, de coisas tão maravilhosas que viveu nesse lugar.



* Vencedora da Olimpíada de Língua Portuguesa na categoria memória. Estudante do C. E. Ary Parreiras, em Laje do Muriaé, Rio de Janeiro

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009



Visão do morro do hospital

colégio,Ary Parreiras